ATA DA DÉCIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 19-03-2015.

 


Aos dezenove dias do mês de março do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Reginal Pujol, Séfora Gomes Mota e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Resolução nº 010/15 (Processo nº 0560/15), de autoria de Elizandro Sabino; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 271/14 (Processo nº 2912/14), de autoria de Engº Comassetto. Do EXPEDIENTE, constaram os seguintes ofícios: s/nº, da Câmara dos Deputados, informando recursos do Orçamento da União empenhados ao Município de Porto Alegre; e 129/15, de Carlos Martins, Conselheiro Presidente da AGERGS. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Cauê Vieira, Diretor Executivo do Procon Municipal de Porto Alegre, que discorreu sobre o Dia Internacional do Consumidor, prestação de contas e projetos de atuação do órgão que representa. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, João Bosco Vaz, Guilherme Socias Villela, Fernanda Melchionna, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Tarciso Flecha Negra, Sofia Cavedon, Paulinho Motorista e Elizandro Sabino manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Os trabalhos foram suspensos das quatorze horas e quarenta e sete minutos às quatorze horas e quarenta e oito minutos. Após, por solicitação de Fernanda Melchionna, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma Darcy Alves, falecido no dia de hoje. Em prosseguimento, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar do Observatório Social de Porto Alegre. Compuseram a Mesa: Mauro Pinheiro, presidindo os trabalhos; Diogo Chamun, Presidente do Observatório Social de Porto Alegre; Marice Fronchetti, Vice-Presidenta para Assuntos Institucionais e Sustentabilidade; Dionísio de Souza Nascimento da Silva, Vice-Presidente para Assuntos de Controle Social e Metodologia; Pedro Gabril, Presidente do Conselho Consultivo; Edson Garcia, Coordenador Executivo; Air Fagundes e Professor Meneghetti, membros do Conselho Consultivo; Paulo Kruse, Vice-Presidente de Gestão; e Silvia Grewe, representante do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Após, o Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, incisos I e II, a Diogo Chamun, que se pronunciou sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Rodrigo Maroni, João Carlos Nedel, Cassio Trogildo, Bernardino Vendruscolo, Airto Ferronato, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Prof. Alex Fraga e Dr. Thiago. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema, a Diogo Chamun e a Pedro Gabril. Os trabalhos foram suspensos das dezesseis horas e vinte minutos às dezesseis horas e vinte e cinco minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Waldir Canal, Cassio Trogildo, Bernardino Vendruscolo e Kevin Krieger. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se Rodrigo Maroni. Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal de autoria de João Carlos Nedel, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/15, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/15, os Projetos de Lei do Legislativo nos 001, 002, 031, 038, 045 e 044/15, este discutido por Delegado Cleiton, e os Projetos de Resolução nos 005 e 007/15; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 284, 285 e 286/14 e os Projetos de Lei do Executivo nos 001 e 004/15. Às dezessete horas e seis minutos, constatada a inexistência de quórum, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e Dr. Thiago e secretariados por Jussara Cony. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Tribuna Popular de hoje terá a presença do Procon Municipal de Porto Alegre, que tratará de assunto relativo ao Dia Internacional do Consumidor, prestação de contas e projetos de atuação. O Sr. Cauê Vieira, Diretor Executivo, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. CAUÊ VIEIRA: Exmo. Ver. Mauro Pinheiro, Presidente desta Casa Legislativa; Exmos. Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; caríssimos colegas servidores do Procon Municipal de Porto Alegre e da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio, senhoras e senhores das galerias, caros telespectadores da TVCâmara, boa tarde.

A presença do Procon de Porto Alegre nesta nobre tribuna, ainda durante a celebração do Dia Mundial do Consumidor e do Dia Mundial do Consumidor do Brasil, comemorado nos últimos dias 15 e 18 de março, respectivamente, tem em seu bojo não somente a celebração pela passagem de tão importantes datas, mas também o necessário balanço e prestação de contas das relações de consumo na cidade de Porto Alegre.

Ao mesmo tempo em que podemos celebrar aqui, hoje, os 30 anos do reconhecimento dos direitos dos consumidores pela Organização das Nações Unidas, temos a oportunidade de apresentar a esta Casa Legislativa um breve relato acerca das nossas ações no Procon municipal e também trazer ao conhecimento das senhoras e dos senhores as diretrizes da nova gestão, que se iniciou no dia 23 de fevereiro passado.

O prestígio público ao trabalho desenvolvido pelo Procon, há mais de sete anos, alçou o nosso serviço ao patamar de referência nacional na proteção e defesa dos direitos dos consumidores no Brasil. Isso só foi possível, Srs. Vereadores, pela condução, construção e consolidação dos trabalhos realizados e pelos diretores executivos que me antecederam: Dr. Omar Ferri Jr. e Dra. Flávia do Canto Pereira – ambos técnicos de altíssima qualificação. Mas de nada adiantaria a qualificação e a dedicação da direção executiva do Procon se não fosse o apoio geral e irrestrito dos Secretários Municipais de Produção, Indústria e Comércio que deram suporte ao Procon, ao longo de sua existência. E não por coincidência, quem ocupou tal cargo – de Secretário da SMIC –, ao longo desses sete últimos anos, teve origem nesta Câmara de Vereadores. Essa relação foi iniciada pelo nobre Vereador e amigo Idenir Cecchim, que foi o responsável pela instalação do Procon no ano de 2008, passando posteriormente pelo Ver. Valter Nagelstein, que hoje ocupa o Secretariado do Poder Executivo, e tem, neste momento, o também Vereador e grande amigo Humberto Goulart como titular daquela Secretaria Municipal. Importante, então, o reconhecimento do belo trabalho realizado pelos nobres Vereadores e Secretários que, cada um com suas peculiaridades, deram forma a esse serviço de proteção aos direitos do consumidor, que tenho a honra de dirigir, como disse, desde o último dia 23 de fevereiro. Em comum entre todos os secretários e vereadores está a compreensão da necessidade da manutenção da natureza eminentemente técnica do Procon municipal. Clareza esta que só poderia vir de pessoas com elevado espírito político, como são os Vereadores Cecchim, Nagelstein e Goulart. A independência técnica da diretoria executiva, permanentemente respeitada, aliada à condução e sensibilidade política do secretariado municipal, resulta na forma ideal para o desenvolvimento de um trabalho essencial à população porto-alegrense. O reflexo disso é o reconhecimento cada vez maior por parte da população da nossa cidade de Porto Alegre. Nesses últimos 7 anos, mais de 100 mil cidadãos desta Capital foram atendidos pelo Procon local, seja pelo serviço presencial disponível desde a inauguração do órgão, seja pelo atendimento eletrônico através do site da Prefeitura Municipal. É fundamental a compreensão de que esse número retrata aqueles atendimentos que geraram algum tipo de registro e acompanhamento do Procon. Grande parte do nosso serviço direto ao cidadão é, quiçá o mais importante, a simples orientação e esclarecimento das suas dúvidas, encaminhamento para a solução direta e consensual entre cliente e fornecedor que, certamente, se fossem computados, elevaria o número de atendimentos ao dobro. Entretanto, mais importante do que a quantidade de atendimentos tem-se destacada a qualidade dos serviços prestados pelos servidores do nosso Procon municipal, em especial, aos mais humildes e idosos que se deparam com transações complexas, como interpretar uma conta de telefone, compreender lógica de juros de cartão de crédito, decifrar as mil faces de um contrato de financiamento de imóveis. Essa assessoria pública e gratuita é ofertada pelo Procon e é a que mais nos gratifica. Certamente, o numero que melhor retrata a eficiência do Procon municipal diz respeito ao elevado índice de resoluções dos problemas que nos são apresentados, que se aproxima muito dos 80%. Tal fato, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, justifica a altíssima confiabilidade do sistema municipal de defesa do consumidor de Porto Alegre reconhecido por sua população. Esse sistema não é só composto pelo nosso Procon e pelo Fundo Municipal dos Direitos Difusos, mas também pelo Conselho Municipal de Defesa do Consumidor, o Condecon, colegiado este do qual participo há quatro anos, cuja presença de muitos de seus membros aqui, hoje, muito me orgulha. Então, juntos, SMIC, Procon e Condecon, realizaram, nestes últimos sete anos, cerca de 300 palestras de educação para o consumo em instituições de ensino públicas e privadas. Fizeram publicar e distribuíram mais de 500 mil informativos educativos e orientativos, multiplicando, assim, o conhecimento das questões relativas ao direito do consumidor a milhares de cidadãos. Tais atividades educativas têm o objetivo de efetivar e consolidar as conquistas dos consumidores de maneira permanente, o que somente se dará com a conscientização da sociedade através da difusão do conhecimento. E é por esta percepção que um dos maiores desafios desta gestão por mim encabeçada é a formação de novos e ainda mais multiplicadores qualificados das informações consumeristas da Rede Municipal de Ensino. Em parceria com a Secretaria Municipal da Educação e a Secretaria Municipal da Fazenda, no segundo semestre deste ano, o Procon de Porto Alegre desenvolverá módulo de educação para consumo para professores da Rede Municipal de Ensino, que serão responsáveis por levar tais informações aos nossos alunos da rede municipal. Esse tipo de atividades, Srs. Vereadores, aliados à manutenção das demais já desenvolvidas, têm o condão de formar uma nova geração de consumidores e fornecedores, uma relação cada vez mais harmônica, transparente e, por consequência, sadia. Este, senhores, em seu cerne, é o objetivo do Procon Municipal: harmonizar as relações de consumo, e não se tornar um substituto dos serviços de atendimento das empresas, e órgão sancionador da atividade empresarial. O nosso papel é de educar e harmonizar as relações de consumo, entretanto, a realidade atual impõe ao Procon tais características de sancionador, das quais ainda não podemos nos furtar. Enquanto não se desenvolve em Porto Alegre a almejada cultura de afabilidade absoluta nas relações de consumo, Sr. Presidente, o Procon Municipal trabalha cada vez melhor e cada vez mais para atender o cidadão da Capital na busca pela resolução dos seus conflitos. Nesse sentido, nesta semana foi disponibilizada ao porto-alegrense uma nova ferramenta tecnológica que literalmente transporta, Srs. Vereadores, o Procon Municipal e seu atendimento para a palma da mão dos consumidores. Desenvolvido por uma parceria transversal de Governo, pela iniciativa e atuação do Procon, viabilizado pela engenhosidade do POA Digital, liderado pelo amigo Thiago Xavier, e pela competência da Companhia de Processamento de Dados do Município, encabeçada pelo diretor Mario Tesa, a Procempa, está disponível, desde a última terça-feira, o aplicativo do Procon de Porto Alegre para smartphones. Através desta nova ferramenta tecnológica de fácil utilização pelo consumidor, ele pode encaminhar as suas denúncias, ele pode encaminhar as suas reclamações ao Procon a qualquer hora do dia, de qualquer lugar, mantendo a característica de rápida resposta do órgão público. Através dessa ferramenta teremos a possibilidade de melhor compreender as dificuldades experimentadas pela coletividade porto-alegrense em suas relações de consumo de qualquer natureza, sejam elas de baixo ou de alto valor.

A colaboração dos cidadãos ao Procon ajudará a melhor orientar o nosso serviço de fiscalização. Aquelas questões que o cidadão poderia deixar de registrar pela necessidade de deslocamento ao nosso serviço presencial ou dispêndio de tempo na página da Prefeitura pela Internet, serão realizadas através do aplicativo, o que nos dará mais agilidade de resposta e melhor conhecimento da relação consumerista na nossa Cidade.

É importante frisar que os mecanismos de registros já existentes, a saber o atendimento presencial das 10h até as 16h, de segunda a sexta-feira, e o atendimento eletrônico através do site da Prefeitura, aliados à nova ferramenta – o aplicativo –, certamente atenderão de modo ainda mais eficaz o cidadão desta Capital.

Contando com a continuidade do comprometimento exemplar do corpo funcional do Procon, que aqui se faz presente e que presenteia este orador com a colaboração máxima no dia a dia, tenho certeza que conseguiremos manter o altíssimo grau de confiabilidade do serviço público por nós prestado.

Este é o panorama atual, Sr. Presidente, do Serviço de Proteção e Defesa do Consumidor de Porto Alegre. Este, caríssimos assistentes desta Tribuna Popular, é o desafio desta gestão que ora se inicia: manter a excelência na prestação do serviço público e ampliar a conscientização e educação para o consumo dos porto-alegrenses. Tudo se resume, por fim, no compromisso que aqui assumimos perante esta Casa Legislativa: estar lado a lado com os senhores Vereadores no atendimento dos anseios da coletividade da nossa leal e valorosa cidade de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Convido o Sr. Cauê Vieira para compor a Mesa.

O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente; Dr. Cauê Vieira, quero, em nome da Bancada do PDT, reconhecer o trabalho importante e indispensável realizado pelo Procon de Porto Alegre, agora tendo à frente o Dr. Cauê, a quem conheci mais estreitamente no evento Copa do Mundo. O Dr. Cauê, a meu pedido, foi o líder da FIFA aqui em relação à proteção das marcas. Dra. Flávia do Canto, antes diretora do Procon, também, juntamente conosco nessa caminhada de defesa do consumidor, nesse maior evento que Porto Alegre já recebeu. Quero desejar sorte - porque só os competentes têm sorte -, então, como aprendi a admirá-la e a conhecer mais profundamente o seu trabalho, fico muito lisonjeado pela sua disposição de, sempre que chamada a esta Casa, nos atender. E na terça-feira tivemos esse exemplo, o senhor, recentemente empossado, veio até a nossa Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, muito bem presidida pela Ver.ª Fernanda Melchionna, prestar os esclarecimentos que a população de Porto Alegre merece e necessita fazer. Muito obrigado pela presença de vocês e parabéns. Um ótimo trabalho.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Guilherme Socias Villela está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. GUILHERME SOCIAS VILLELA: Dr. Cauê Vieira, quero apresentar aqui, em nome do Ver. João Carlos Nedel, da Ver.ª Mônica Leal, do Ver. Kevin Krieger e em meu próprio nome, da Bancada do Partido Progressista, as congratulações pela exposição que o senhor acabou de fazer. Mais ainda, quero dizer que nosso pensamento é de que o direito do consumidor, como lei, e a criação do Procon, foram uma conquista da sociedade brasileira. E o senhor bem representa essa sociedade no âmbito da nossa Capital. Apresento os nossos cumprimentos e, ao mesmo tempo, a Bancada se coloca à sua disposição para, eventualmente, qualquer coisa. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Mauro, queria cumprimentar o Cauê Vieira, os técnicos do Procon, que nos acompanham na tarde de hoje e fazer dois registros. Primeiro, reiterar a opinião de que é fundamental esse espaço de defesa do consumidor. Ao mesmo tempo, a gente vem acompanhando, ao longo dos anos, essa relação e a enorme procura do povo de Porto Alegre diante de relações lesivas com lojas, mas, sobretudo, com operadoras de telefonia. E com isso, quero entrar no segundo tema: nós tivemos uma audiência, na terça-feira, e quero registrar a importância do Procon na reunião, colocando os problemas com relação às operadoras de telefonia, que são as campeãs de reclamações no Procon, com alta taxa de resolutividade, depois que a reclamação entra no Procon, mas é escandaloso que essa alta taxa de resolubilidade não exista entre o próprio consumidor e as operadoras de telefonia. Eu acho que foi muito acertada a decisão do Procon Municipal, quando suspendeu a venda dos chips em 2012, porque é necessário, sim, mostrar para as operadoras de telefonia que é inadmissível o que eles fazem com o povo de Porto Alegre: cobranças embutidas; venda de sinal que não funciona; venda de um pacote de Internet que, na prática, não é o que o consumidor adquiriu na loja; uma série de burlas ao direito do consumidor, o que nos assusta. É importante que a gente tenha essas iniciativas, como vocês tiveram, com a suspensão da venda do chip. Temos espaço na Comissão de Direitos Humanos para ouvir todas as reclamações que o Procon tem e, ao mesmo tempo, devemos lutar para que a Anatel cumpra o seu papel de fiscalizadora e faça com que, de fato, as operadoras cumpram as resoluções e multe aquelas que não cumprem. Afinal, nós precisamos defender o povo da nossa Cidade, povo do nosso País. Por isso, nós, da Comissão de Direitos Humanos, nos somamos e parabenizamos pelo aniversário do Procon.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Boa tarde Presidente, boa tarde Cauê, parabéns; cumprimento os servidores, que o acompanham aqui também, e os demais que aqui estão. Essa luta já vem desde o período em que a Ver.ª Clênia Maranhão estava aqui, nesta Casa, e defendia a criação de um órgão de defesa do consumidor.

Presidente e Cauê, esta Casa tem um veículo de comunicação. Eu acho que nós deveríamos observar a possibilidade de um aproveitamento melhor disso, porque nós temos um serviço, e a maioria da população desconhece a disponibilidade da prestação desse serviço.

Eu quero mencionar aqui - a Ver.ª Fernanda Melchionna traz as questões da telefonia - que há alguns anos, eu presidi aqui, nesta Casa, uma Comissão que debateu muito as questões da telefonia móvel também. Aproximei-me, conheci, passei a conviver um pouco mais com a Diretoria da Anatel, que, casualmente, foi exonerada há pouco tempo. Presidente, chega a informação, eu ainda não confirmei, não sei se é verdadeira, mas há o histórico das multas aplicadas pela Direção da Anatel, no Rio Grande do Sul e que, depois, lá em Brasília, em recursos, com os processos já bem adiantados, são acordados com TACs, enfim, aquele negócio todo e fica por isso mesmo. Então, talvez por aí, Presidente e Cauê, nós possamos entender por que essas empresas de telefonia permanecem com esse mau serviço que estão prestando à sociedade.

Cauê, eu quero cumprimentá-lo pelo serviço todo, mas eu acho que a população de Porto Alegre ainda precisa de mais informações, sinalizando pela existência do Procon, sabendo onde e quando o Procon pode ajudar. Parabéns pela sua equipe também.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O Sr. CLÀUDIO JANTA: Obrigado, Presidente. Cauê, eu queria saudar o que o Procon está iniciando a fazer pelo povo de Porto Alegre. Eu acho que tem muito ainda a ser feito, mas o que está sendo feito já ajuda muito. Nós vimos que, na questão da CPI das Telecomunicações, o Procon nos ajudou muito e nos deu muito subsídio, mostrou o que está acontecendo, mostrou a sua força. E eu acho que o que nós temos que ter são agências do Procon em cada Região do OP; acho que essa estrutura deveria estar junto ao bairro – seria importantíssimo. Não teria como haver em cada bairro, mas em cada Região do OP essa defesa poderia estar junto, para que o povo pudesse não só reclamar das grandes coisas, mas reclamar também das pequenas coisas.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente; quero cumprimentar também o Cauê. Em nome do nosso Partido, o PSD, queremos cumprimentá-lo pelas coisas boas que virão agora para o nosso consumidor. Isso é importante. Vamos deixar o passado; o passado passou e vamos melhorar a vida do nosso consumidor. E é isso que o Procon está fazendo agora. E estamos aqui juntos, torcendo para que isso aconteça. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Presidente, em nome do meu Partido, quero cumprimentar o Diretor por estar aqui prestando contas. O Procon tem essa prática de, todo ano, vir à Câmara Municipal sem ser convocado. Acho que isso é muito importante.

Em segundo lugar, Cauê, quero parabenizá-lo pela nova ferramenta. Eu ainda não a testei, mas vi que já tem um acesso bem grande, pois foi lançada ainda nesta segunda-feira. Acho muito importante facilitar o acesso à reclamação, para que as pessoas não precisem ficar se deslocando até uma loja, com toda a tecnologia disponível ao cidadão.

Quero parabenizá-los pelo projeto, às vezes, a gente acha que a informatização anda muito devagar, mas não é assim. Que essa novidade se torne uma ferramenta muito importante e com credibilidade. Eu vi que tem 10 dias para o Procon entrar em contato, eu espero que aconteça, e nós vamos acompanhar. A vinda de vocês aqui ajuda muito, e nós vamos tratar de divulgar e utilizar essa ferramenta.

Nós, Vereadores, muitas vezes, temos que responder a inúmeras questões do cidadão no cotidiano, e temos uma parceria bem importante do Procon, agora, facilitada. Parabéns, e sucesso. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PAULINHO MOTORISTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, parabéns, Dr. Cauê, eu conheço bastante o seu trabalho árduo. Quero parabenizá-lo, em nome da Bancada do PSB, do meu líder, Ferronato, e em meu nome, dizendo que o Procon é muito importante. Há situações até fáceis de serem resolvidas numa loja, num estabelecimento. Na reunião que tivemos da CEDECONDH, na terça-feira, com a Ver.ª Melchionna, o senhor nos deu várias explicações junto às operadoras. Se o Procon não existisse, muitas situações ficariam sem solução, como vários relatos que ouvimos de muito tempo atrás, nos quais o cidadão ficava sem os seus direitos garantidos, quando comprava um eletrodoméstico com problema e não tinha a quem recorrer. Hoje, com o Procon, a história é bem diferente. Vamos conversar, vamos acertar com a intermediação do Procon.

Então, o nosso Procon é muito importante para a nossa população de Porto Alegre. Temos o maior respeito, e estamos à disposição na Câmara de Vereadores. Parabéns, Dr. Cauê. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, em meu nome e em nome do Ver. Cassio Trogildo, nosso líder; do Ver. Paulo Brum e do Ver. Casartelli, queremos transmitir a nossa palavra de parabenização pelo trabalho desempenhado.

Eu tenho uma peculiaridade em relação ao Procon Municipal, porque fui estagiário lá – na época, Procon estadual; hoje, municipal –, juntamente com um colega que também é Vereador desta Casa, o Ver. Marcelo Sgarbossa, do PT. Nós nos conhecemos quando acadêmicos de Direito, cursávamos a faculdade e fazíamos estágio no Procon. Ali eu tive a oportunidade de trabalhar no balcão de atendimento, atendendo às demandas do consumidor, fazendo as reclamações, anotando as reclamações, fazendo a interlocução com as empresas. Foi uma experiência extraordinária, que carrego na minha atividade profissional, na vida profissional, na advocacia e também aqui, na Câmara Municipal de Porto Alegre. Quero te parabenizar pelo trabalho. Os Procons, tanto o municipal quanto o estadual, têm feito o que é mais importante, que é transmitir a informação, porque somente através da informação se obtém o conhecimento dos direitos e, então, a exigência dos mesmos. Recebam os meus parabéns, em nome da minha Bancada, pelo trabalho desempenhado. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Queremos colocar a Câmara de Vereadores à disposição, como o Ver. Bernardino falou, a nossa TVCâmara, se tiverem alguma vinheta para mostrar o trabalho do Procon. Colocamos a Câmara à disposição também para algum debate na TVCâmara a respeito do funcionamento do Procon, podem contar conosco. Também quero parabenizá-lo pelo trabalho. Sendo hoje o Dia Internacional do Consumidor, não podia ser diferente do que receber o Procon, uma instituição que, realmente, defende o consumidor. Parabéns pelo trabalho e conte com esta Câmara. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h47min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 14h48min): Estão reabertos os trabalhos.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do professor e músico Darcy Alves, conhecido e respeitado na cidade de Porto Alegre, que faleceu nesta madrugada e que entra para a história da música da nossa Cidade.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a tratar o assunto do Observatório Social de Porto Alegre, trazido pelo Sr. Diogo Chamun, Presidente do Observatório Social de Porto Alegre.

Convidamos para compor a Mesa o Sr. Diogo Chamun, Presidente do Observatório Social de Porto Alegre; a Sra. Marice Fronchetti, Vice-Presidente; o Sr. Dionísio de Souza Nascimento da Silva, Vice-Presidente; o Sr. Pedro Gabril Kenne da Silva, Presidente do Conselho Consultivo; o Sr. Edson Garcia, Coordenador Executivo; o Sr. Air Fagundes, representante do Conselho Consultivo; o Sr. Professor Meneghetti, representante do Conselho Consultivo; a Sra. Silvia Grewe, representante do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul.

O Sr. Diogo Chamun, Presidente do Observatório Social de Porto Alegre, está com a palavra.

 

O SR. DIOGO CHAMUN: Muito boa tarde, Srs. Vereadores; muito boa tarde a todos os presentes; faço uma saudação especial ao Presidente desta Casa, o Ver. Mauro Pinheiro, que nos recebeu para apresentar aos senhores o Observatório Social de Porto Alegre. Antes de fazermos a apresentação do Observatório, vamos ouvir o hino da Cidadania, que também é o hino do Observatório Social.

 

(Procede-se à apresentação de vídeo com a execução do Hino da Cidadania.)

 

O SR. DIOGO CHAMUN: Senhores, esse é o hino que fala um pouco sobre o que é o Observatório Social. Vamos fazer uma breve apresentação e, no final, temos alguns exemplos do trabalho que é realizado. O Observatório Social é uma organização mantida pela sociedade à base do voluntariado. Nós temos o Observatório Social do Brasil, que serve como uma espécie de franqueador para os Observatórios Sociais Municipais, como esse que representamos em Porto Alegre. Ele tem um trabalho feito por voluntariado. A nossa estrutura, tanto de direção, conselhos, até de atuação, ela é de voluntários, e nós temos uma equipe interna contratada com recursos advindos dos mantenedores

Então o Observatório Social atua em dois grandes eixos: na conscientização da cidadania fiscal e também no apoio ao Poder Público Municipal em melhor gerir a aplicação dos recursos. O objetivo do Observatório é justamente no sentido de apoio, porque nós analisamos um processo licitatório do início ao fim, do seu edital até a entrega dos itens. Então, nós temos essas duas grandes frentes: a cidadania fiscal com projetos como concursos de redação, feiras em postes; e também temos esse lado de apoio à gestão dos recursos públicos, que é o controle das licitações.

Como eu falei para vocês, a estrutura é com mantenedores, mais adiante veremos quais são essas entidades que se dispõem a colaborar com o tempo dos seus líderes e também com valores financeiros, com recursos, para viabilizar esse importante projeto.

O Observatório tem como objetivo orientar a sociedade quanto à importância social e à economia dos tributos, que se enquadra perfeitamente na consciência da cidadania fiscal; informar a composição da carga tributária na renda, no consumo e na propriedade; e também criar instrumentos de controle da qualidade e aplicação dos recursos públicos. É importante ressaltar – e, por vezes, a atuação do Observatório fica mais voltada a esse acompanhamento de licitação – que esse trabalho é todo feito no intuito de apoiar. Nós não temos nenhum interesse, e nem podemos por questões estatutárias, em fazer divulgação desse trabalho. Eventualmente, em uma questão irregular, em uma contratação de um serviço público, nós comunicamos o próprio Poder Público para tomar as devidas providências e fazer a correção. Em não acontecendo a correção, aí, sim, é remetida a irregularidade aos órgãos superiores como o Ministério Público e o Tribunal de Contas. A única publicidade que se dá do nosso trabalho é feita a cada quadrimestre, onde prestamos contas à sociedade de todo o trabalho realizado nesse período.

Nós temos ali, à esquerda da tela, um prêmio recebido da ONU que se chama Melhor Iniciativa de Tecnologia Social. Esse prêmio foi recebido pelo Observatório Social do Brasil, que concorreu com 400 entidades de toda a América Latina e Caribe, comprovando o nosso modelo como adequado e confiável.

A nossa Fundação foi em dezembro passado – ainda estamos numa fase de implantação. Hoje, já temos 40 voluntários treinados e capacitados, inclusive já iniciamos os trabalhos não na plenitude, mas já estamos acompanhando uma licitação de compra de material escolar que já estava em andamento. Nós ainda não estávamos constituídos no orçamento do edital, mas pegamos o processo em andamento e vamos acompanhar a entrega desse material, se ele está adequado, se é o que realmente foi licitado e se ele tem a qualidade que constava na licitação.

Outra questão muito importante é que todos os voluntários, sejam da área técnica, sejam de direção do conselho, como nós, não podem ter nenhuma vinculação partidária, porque o trabalho do Observatório é totalmente apartidário.

Para ilustrar, nós temos um fluxograma do acompanhamento de uma licitação. Temos todo um procedimento de acompanhamento que já vem do Observatório Social do Brasil, desde o lançamento do edital – como eu falei – até a entrega do material ou do serviço.

Como falei para vocês que a nossa apresentação era breve, eu vou cumprir. Nós temos, que acho bem prático e ilustrativo, alguns exemplos. Vocês podem ver na tela um exemplo que aconteceu na Prefeitura de Maringá, onde foi o berço do Observatório Social. Num edital para comprar comprimidos AAS, uma quantidade de quase 3 milhões de comprimidos – 2 milhões 915 mil comprimidos – a um preço máximo de R$ 0,015, que daria um custo total de R$ 43 mil. Essa licitação foi ganha com um preço de R$ 0,009, o que daria um preço total de R$ 26 mil. No entanto, na hora de se fazer a ata, houve um engano e esse engano elevou o preço unitário do comprimido para R$ 0,09. Em resumo: isso causaria um prejuízo de R$ 236 mil, por que a compra que era para ser de R$ 26 mil, acabou saindo por R$ 262 mil. Quer dizer, seria, não ocorreu por que o Observatório Social da cidade de Maringá verificou essa situação, comunicou ao Prefeito, ao Poder Público Municipal que tomou as medidas cabíveis, e consegui retornar à condição original. Inclusive, uma primeira parcela já havia sido paga, o cheque foi devolvido e foi regularizada essa situação.

Então nós temos uma situação muito clara, nesse caso, um engano na constituição da ata, mas nós temos outros tantos exemplos; estamos trazendo aqui alguns apenas para ilustrar.

Está na tela um exemplo de pelo simples fato de existir o acompanhamento do Observatório Social, as compras de uniformes reduziram em 50%; simplesmente, por todos saberem e pelo Poder Público saber que existia um acompanhamento. Então, as mesmas quantidades de uniformes, que, em 2006 a Prefeitura despendia R$ 1,8 milhão, dois anos após – repito: só com a informação de que o Observatório estava trabalhando e acompanhando – esse gasto foi reduzido em R$ 900 mil, em 50% do que se gastava há dois anos.

Então, temos dois exemplos que tratam do poder que tem esta nossa atuação e o retorno que isso traz para a própria Prefeitura, para o Poder Público e, também, para a sociedade, porque esse valor que não é despendido desnecessariamente deve retornar em investimentos.

Mas temos mais um exemplo – e é o último –, que aconteceu na Prefeitura de Cabo Frio, onde se verificou uma irregularidade que foi encaminhada ao Prefeito, que não quis acolher a orientação e nada fez. Então, temos ali um retorno do Ministério Público endereçado ao Prefeito, que não quis fazer a correção do apontamento: a ausência de projeto básico adequado, suposto dimensionamento superior à realidade das áreas licitadas, serviços de jardinagem de praças e canteiros, procedimento preparatório.

Peço que vocês atentem às informações. Simplesmente o edital estava contratando serviços em áreas até dez vezes maiores do que efetivamente existiam. Canteiros centrais e laterais da Av. José Ribeiro Dantas; o edital contratou para fazer uma área de 28 mil metros quadrados; no entanto, a medição real era de apenas 10 mil metros quadrados, quase um terço do que foi contratado, e, por consequência, pago. Neste mesmo edital, jardinagem da Praça do Charuto; o edital saiu, contratou e pagou por 1.100 metros quadrados, enquanto a praça tinha apenas pouco mais de 100 metros quadrados para serem ajardinados. Então, temos aqui uma quantidade 11 vezes maior, contratada pela Prefeitura, indevidamente. E os exemplos se seguem, onde temos demais praças, na medição real de 120 metros quadrados, foram contratados quase 2 mil metros quadrados; 300 metros quadrados, foram contratados 2.500 metros quadrados; e, por fim, onde tínhamos, na Praça da M. Nicomedes, 500 metros quadrados de área, se contratou o serviço de 3 mil metros quadrados. Por aqui a gente percebe que margem para esses enganos acontece, e nosso grande objetivo nesse acompanhamento das licitações é justamente dar esse apoio para que isso não ocorra, porque o nosso trabalho é preventivo, nós apontamos antes de ele se efetivar, então há tempo suficiente de se fazer a correção.

Seguindo nesse exemplo, então, temos o posicionamento do Ministério Público ainda, que resolve, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo de Cabo Frio, recomendar ao Exmo. Sr. Prefeito do Município de Armação dos Búzios, Sr. Delmires, que seja promovida a suspensão da licitação tomada de preços nº 25/2009 com o objetivo relativo à prestação de serviços de jardinagem para manutenção nos jardins e canteiros das avenidas e logradouros públicos municipais até a aferição da efetiva regularidade do projeto básico. Requisita-se, por oportuno, sejam prestados, no prazo de 24 horas a contar do recebimento desta, informações acerca das medidas adotadas ou que venham a ser adotadas pelo Poder Executivo Municipal em atendimento às normas. Então, esse é um caso que estamos ilustrando, onde o Prefeito, o Poder Público não acatou a recomendação de fazer a correção, fazer o ajuste do que estava superdimensionado.

O Observatório Social tem como requisitos básicos a sustentabilidade, que é proporcionada por essas entidades mantenedoras que fazem o aporte mensal de recursos financeiros; a representatividade, também essas entidades e lideranças, pessoas físicas que se associam ao nosso projeto e nos dão condição de ter acesso às entidades e poderes públicos; a estrutura, como já coloquei para vocês, é quase que exclusiva de voluntários, e nós temos apenas uma estrutura interna para fazer a rotina e a operação; e a capacidade técnica, que se dá justamente por esse voluntariado, que é de áreas técnicas e indicado pelos conselhos profissionais. Então, se nós tivermos uma licitação na área de construção civil, nós temos o CREA envolvido, que nos indica voluntários; nós temos voluntários da área médica, voluntários da área farmacêutica, da área de contabilidade, de todas as áreas pertinentes às contratações do Poder público. Hoje, no Rio Grande do Sul, nós temos apenas seis Observatórios Sociais. Os Observatórios Sociais, reforço, são todos municipais. Então nós lançamos o de Porto Alegre agora em dezembro, que foi o último constituído no Rio Grande do Sul.

Temos experiências muito boas e temos também informações do Observatório de Lajeado, que é um que está bem constituído; inclusive temos uma representante aqui, a Silvia Grewe, que também nos ajudou na construção do nosso e hoje colabora como conselheira consultiva.

No Brasil, estamos chegando a cem observatórios sociais, então nós temos um belo caminho. Como capitais nós temos apenas três – Porto Alegre foi a terceira, as outras duas são aqui da região sul, Florianópolis e Curitiba.

Temos na tela os mantenedores que apoiam esse projeto: o Sescon, que é o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis – empresas de assessoramento, perícia, informações e pesquisas, da qual eu sou o presidente, e por isso hoje eu colaboro com o Observatório Social representando a entidade, e assim se dá com todas as demais. Temos o Sindilojas e o CDL, de Porto Alegre; nós temos a Grande Loja Maçônica; o Grande Oriente do Rio Grande do Sul; a Proceconta, que é uma empresa de serviços de Porto Alegre, que apoia como mantenedora; o Sindifisco nacional. Essas entidades são as mantenedoras que mensalmente colaboram financeiramente para dar sustentação e possibilidade de fazermos o nosso projeto. Além disso, além dos mantenedores, nós temos os apoiadores, que são vários conselhos profissionais, TCU, Ministério Público, Sindifisco, CAGE, OAB – são várias entidades que também nos apoiam de outras formas que não a financeira.

A apresentação do Observatório Social de Porto Alegre, eu disse que seria breve e é isso que foi apresentado para vocês. As informações são muitas mais do que essas, mas o que o nosso tempo nos permitia era essa breve apresentação. Ficamos à disposição para esclarecimentos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. RODRIGO MARONI: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu estava escutando e tinha dado uma lida no material que vocês deixaram, e acho que o Observatório não só tem que ser estimulado, incentivado, como temos que fazer uma referência muito forte ao trabalho que vocês realizam. Estava comentando com a nossa assessora de imprensa que o que o Observatório faz é um pouco o trabalho que a Câmara de Vereadores faz, de fiscalizar e acompanhar o serviço público da melhor maneira possível. Quanto mais instituições houvesse assim no Brasil, talvez não tivéssemos essa crise nas diversas instâncias, tanto no setor público como na iniciativa privada. Seguramente, o Observatório cumpre um papel determinante hoje no Brasil, de forma voluntária, o que dá mais valor ainda ao seu trabalho; se fosse pago já teria valor, sendo voluntário tem um papel ainda mais determinante. Estava lendo os dados que foram comentados aqui, de que são 2 mil voluntários – não é um número pequeno para um trabalho voluntário; sabemos o quanto é difícil manter as pessoas no trabalho voluntário, ainda mais num trabalho que é pesado, que não aparece, que não dá significado a vaidades. É um trabalho meramente de coração e que cumpre um papel para o povo brasileiro e para o povo porto-alegrense, de acompanhar e fiscalizar. Quero dizer que a Câmara Municipal tem que ter o Observatório como referência, tem que tentar trabalhar conjuntamente com o Observatório, ter vocês como um marco aonde possamos buscar informações, porque vocês, seguramente, têm mais profundidade que nós pelo nível do que avaliam, pelos números e pela especialidade de cada um. Poderia falar aqui da Marice, que é contadora, que seguramente entende muito mais de economia e números do que eu. Então, eu comentava com ela que queria que a gente marcasse – e acho que todos os Vereadores têm que ter essa iniciativa –, além da Tribuna Popular, reuniões periódicas para que vocês possam nos manter orientados sobre o que está acontecendo na Cidade, no Estado e no Brasil - por que não? –, para que possamos manter contato com outras Câmaras e outros governos, o que é fundamental. Parabéns. Eu estava olhando aqui, é uma economia de R$ 300 milhões para os cofres municipais a cada ano. Isso não é qualquer coisa! Quantas escolas, hospitais, praças, quantas iniciativas os governos podem fazer economizando isso. Que se amplie esse Observatório. Tomara que daqui a dez anos não sejam 2 mil voluntários e, sim, 5 mil e, daqui a 20 anos, isso seja instituído até ser uma entidade de referência nacional.

Para finalizar, gostaria de dizer que temos que fazer um trabalho de divulgação dessa entidade, dar visibilidade a ela. Particularmente eu não a conhecia – apesar de te conhecer, Marice, de sermos amigos – e quero ter em vocês a referência de buscar dados, informações para termos cada vez mais munição para falar do que acontece na nossa Cidade e no Brasil. Parabéns, de verdade, a cada voluntário, porque ser Vereador já é um trabalho árduo e pesado, mesmo recebendo salário, imagina voluntário, que é o que vocês cumprem. Cada um aí é um pouco vereador do nosso Município. Parabéns! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Primeiramente, quero agradecer os Vereadores Bernardino e Cassio, que me permitiram falar agora, porque eu tenho um compromisso logo em seguida com o pessoal do Sindilojas.

Sejam muito bem-vindos, Presidente Diogo Chamun; Vice-Presidente Marice Fronchetti. Ver. Maroni, eu tinha certeza que a Marice era exclusividade minha. Perdi. Eu sempre perco para os mais jovens, não sei por quê. Acho que é o cabelo branco. Falando na Marice, eu já quero colocar os amigos contadores que eu tenho aí: a Marice, o Pedro Gabril, a Silvia Grewe; há outros que não sei se são contadores. Há também o Dionísio Nascimento, o Air Fagundes, o Edson Garcia, Professor Meneghetti, o Bruno Eizerik, já olhei no site e estás lá, bem colocado. Isso é ótimo. Meus parabéns e muito obrigado.

Há muito tempo, a Bancada do Partido Progressista, do qual faço parte com o Ver. Guilherme Socias Villela, com o nosso Líder Ver. Kevin Krieger, com a Ver.ª Mônica Leal, luta para a aplicação responsável dos recursos públicos. É uma luta, os recursos públicos não são suficientes para tudo, então nós temos que ter uma aplicação responsável. E agora eu vejo esse Observatório Social de Porto Alegre, realmente, cumprindo essa grande necessidade que nós temos, acompanhando as contas públicas, fazendo a análise dos problemas sociais – coisa boa! E como temos problemas sociais em Porto Alegre: falta de moradia, que aí resulta em inúmeras invasões de áreas, agressão ao direito de propriedade; e nós temos um problema com o que me debato e não estamos encontrando solução, que são os moradores de rua. É sério o problema, muito sério, mas também faltam investimentos públicos para atender essa população. Eu vou, no Grande Expediente, falar sobre a dignidade da pessoa, o bem-comum, que nós temos que sempre focar, e muitas vezes nós esquecemos disso. Quero que depois me informem quando será o Período temático de Comunicações, na quinta-feira – já olhei no site, vocês tenham cuidado comigo, pois eu também acompanho. Quero cumprimentar também pelas visitas que vocês já fizeram à Câmara, apresentando a nosso Presidente, à Carris, à Secretaria de Urbanização, e muitas outras visitas que vão acontecer.

Eu sou o Vereador que mais mandatos contínuos tem aqui na Câmara – estou no quinto mandato –, e, há anos, eu solicito que a sociedade nos dê subsídios, ideias, sugestões, porque nós não podemos ver tudo, não temos um observatório global, e também temos que focar nas prioridades.

Então, eu quero agradecer a presença importante de vocês e também sugerir ao nosso Presidente que faça um convênio com o Observatório para que ele acompanhe também os projetos em andamento nesta Casa, e, de vez em quando, nos dê alguma sugestão, alguma orientação, algum aperfeiçoamento. É isso que nós precisamos. Sucesso, parabéns a todos, e muito obrigado em nome dos 1.440 milhão habitantes de Porto Alegre. Que Deus os abençoe muito! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CASSIO TROGILDO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) A Marice é campeã aqui das preferências, mas vou me gabar de que eu também tenho um grande amigo nesta Mesa; eu queria fazer uma saudação especial ao amigo Pedro Gabril, companheiro de muitas e muitas jornadas.

Hoje, quando o Presidente Mauro Pinheiro nos comunicou que havia sido procurado pelo Observatório, que então teríamos aqui este período para conhecer o Observatório, eu fiquei bastante curioso, até porque, realmente, não conhecia a iniciativa e, olhando aqui o material, Ver. Reginaldo Pujol, vi que, aqui em Porto Alegre, foi criando em dezembro do ano passado. Em nome da Bancada do PTB, eu venho saudar essa iniciativa, até porque, atualmente, Ver. Alex, está cada vez mais difícil ser gestor público. Aqui na Câmara, nós temos um grande gestor público, o Presidente da Casa, que, além de Vereador, neste ano, é o Ver. Mauro Pinheiro; no ano passado, foi o Professor Garcia; e, no primeiro ano da nossa Legislatura, foi o Dr. Thiago, dentre tantos outros aqui que já ocuparam a Presidência da Casa e que conheceram a dificuldade que é ser gestor, gerir, administrar.

Eu fui gestor público no Município, na Secretaria Municipal de Obras e Viação. O Ver. João Bosco Vaz, que está aqui, foi Secretário da Copa e acompanhou uma situação que eu quero relatar aqui, do tamanho da dificuldade que hoje é ser gestor, as ditas obras da Copa, que da Copa não tinham nada, porque são obras de mobilidade. Na verdade, se precisou da desculpa da Copa para ter, Ver. Villela, esses investimentos que há muito tempo eram necessários, mas eles começaram a ser planejados a partir da decisão de que Porto Alegre sediaria a Copa do Mundo. Então não havia projeto de nada. Porto Alegre é uma das doze sedes. Sai correndo para fazer projetos. Quais são os valores? Que tipo de obra? Onde é que tem que ter intervenção? É tudo uma loucura! Aí é recurso do Governo Federal: para fiscalizar, e fiscalizar mesmo, não é o que vocês estão se propondo a fazer, que é ajudar previamente como o Pedro Gabril que sempre teve o controle interno e tinha a função de, justamente, apontar antes de acontecer o erro! E eu acho que é o que precisa! Essa me parece ser a visão do Observatório, não deixar errar, porque são importantes os órgãos de fiscalização, mas eles atuam depois que já aconteceu o erro.

Nas obras da Copa, vejam só: Tribunal de Contas da União, porque é recurso federal; Tribunal do Estado, porque eles também atuam. Em relação ao Tribunal de Contas do Estado, Ver. Villela, quando nós fomos com o Prefeito Fortunati lá fazer uma audiência do Tribunal de Contas, o Tribunal estava lá com doze processos abertos das doze obras da Copa. Cada conselheiro teria duas obras para acompanhar, o Presidente não teria nenhum, cada conselheiro teria um contador, um economista, um engenheiro e todos os demais suportes técnicos para fazer a fiscalização. Na Secretaria de Obras, nós tínhamos dois engenheiros para atuar em todos os projetos. Então, de certa forma, há uma inversão. E eu não estou dizendo que não precisa ter a estrutura de fiscalização. Mas há uma inversão. E para continuar a atual fiscalização, Ministério Público de Contas, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, a Caixa chegou num determinado momento e disse: “Nós somos também o agente financiador, nós fiscalizamos a execução do contrato”.

Houve um primeiro problema, e a Caixa exige a utilização da tabela SINAPI, que determina os preços nacionalmente. E a Secretaria de Obras tem uma tabela referencial muito forte. E deu uma diferença de valores na brita, entre o valor da Caixa Econômica Federal e o da Secretaria de Obras. E o Tribunal de Contas embargou o valor, porque na tabela da SMOV, que era o valor que não podia usar, o valor era menor. Usou-se a tabela da Caixa Econômica Federal. A Caixa Econômica Federal disse que a tabela deles é referencial e que podiam ter usado o preço menor.

Dizendo isso, eu quero, aqui, saudar muito essa iniciativa e dizer que tenho a convicção de que o Observatório vai poder prestar um trabalho muitíssimo importante no auxílio não somente na Capital, mas, também, nos Municípios menores, que têm uma carga menor, mas têm menos capacidade técnica de avaliação. As capitais têm uma carga maior, têm uma capacidade maior de avaliação, mas têm um volume gigantesco.

E, como disse o Ver. Nedel, e nós sabemos, as necessidades são cada vez maiores, e não temos conseguido suprir o material o humano suficiente, principalmente, no Executivo.

Então, saudamos a iniciativa dizendo que seremos sempre parceiros nas boas iniciativas.

O Observatório é uma grande iniciativa e se agrega à nossa Cidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Primeiro, quero parabenizá-los pelo trabalho de vocês. Como os demais Vereadores que me antecederam falaram, e os registros que vocês nos trazem, apontam para um trabalho efetivamente positivo para nós, o Brasil como um todo. Então eu quero cumprimentá-los. E um cumprimento especial ao hino também, pelas tantas que diz assim: “onde estão os homens de bem”. Eu poderia colaborar dizendo que eles estão nas mãos, nas emoções, nos corações e nas decisões da sociedade. De forma direta ou por delegação, todos os que exercem uma função pública, exercem por delegação da sociedade. É um trabalho que eu acho que todas as instituições precisariam fazer, não sei de que forma, mas muito se fala, se falou e vem se falando, ao longo dos anos, da importância na valorização do voto. Mas isso é como aquele pai, a mãe que sempre fala a mesma coisa e, de repente, o filho já não dá muito assunto, muito ouvido. E nós precisaríamos encontrar uma técnica pedagógica de levar esta mensagem no sentido de que ela tivesse eco na sociedade: a importância do voto. Não adianta, nós estamos vendo aí que uma frase que muitos proferem no dia a dia... São sempre os mesmos, mas os mesmos são resultados da vontade da sociedade. Eu estava pensando, e o Ver. Dr. Thiago me pede que aqui também o represente, claro que eu não vou ter a capacidade dele para fazer a fala, como, certamente, ele faria no meu lugar, mas estou aqui representando-o também. Há algum tempo, nós ficamos aqui, adentramos a madrugada, discutindo o Projeto Cais do Porto, a Revitalização do Cais do Porto. Foi terrível! Não lembro se foi naquela passagem ou em uma outra, aqueles que votaram favoravelmente, e eu votei, fui até presenteado com um panetone. E eu não me ofendi porque estava tarde, já era tarde da madrugada sem comer, comi o panetone. Não me ofendi. Mas eu estou falando deste assunto para lembrá-los que, talvez, se fosse hoje, eu não teria votado da forma que votei. Eu tenho me perguntado se fazer algo muito simples, muito caseiro, sem muitas obras, sem muitas estruturas, sem muitas construções, algo muito original, e não entregar, para um, dois ou três investidores, ou entregar de forma fracionada, se nós não teríamos algo mais proveitoso, mais direto, mais imediato? É só uma provocação.

Na mesma linha, senhores, cito um exemplo de uma das questões que eu acho que são desperdício de dinheiro público: na Av. Érico Veríssimo, há pouco tempo, nós tivemos uma obra de estrutura do BRT que demorou uma barbaridade. Foi um transtorno para a sociedade! Ninguém terminou a obra, tiveram que abrir, porque o asfalto da estrutura não ficou bem feito, enfim. Eu, aqui, reclamei, e me deram uma resposta: “O Poder Público não perdeu, não teve prejuízo, é que não passou na vistoria”. Perdeu, sim, porque trouxe todo um transtorno para a sociedade. Exatamente ali, neste momento, se os senhores passarem, verão que estão fazendo outra obra ao lado, grudada, que me parece que é uma ciclovia. Eu pergunto: por que não fizeram uma obra só?

Então, por isso, senhoras e senhores, nossos cumprimentos pelo trabalho que vocês vêm desenvolvendo, e poderão desenvolver mais. Espero que os homens públicos tenham um pouco mais de atenção nos apontamentos e nas observações dos senhores. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu falo aqui em meu nome e em nome do Ver. Paulinho Motorista, do PSB, neste momento importante para uma reflexão sobre a extraordinária importância do Observatório no seio da sociedade brasileira, essencialmente, no momento que vivemos.

Todos sabem que estou aqui na Câmara desde 1989, e desde lá, eu sempre participei da Comissão de Finanças e Orçamento e Economia da Câmara. E lá em 1989, em Porto Alegre, se instalou o OP, o Orçamento Participativo que serviu de modelo para o mundo inteiro, de como administrar as cidades com a participação popular. E eu tenho repetido com frequência, o Orçamento Participativo, esse grande instrumento da participação popular das cidades, presta um serviço extraordinário, quando atua na elaboração, na aprovação e na construção do Orçamento público. Eu quero registrar a presença do Edson Vieira, nosso presidente do Sindicato dos Fiscais e Auditores da Receita Federal.

Então, o Orçamento atua com uma intensidade muito grande – o OP – na construção do Orçamento, pela relevância e pelo interesse que tem na disputa das obras. Agora, ele não atua com essa mesma intensidade depois do Orçamento aprovado. Então, conquistada a obra, ficam ali os seus delegados, conselheiros, participando dele.

Por outro lado, eu, e também quase todos sabem, em 1975, iniciei a minha atividade pública na Contadoria e Auditoria-Geral da União – foi em 1975, lá se vão 40 anos. E depois, inclusive, trabalhei com o estimado colega e amigo Pedro Gabril, na Contadoria-Geral do Estado. E a fiscalização dos tempos passados era uma fiscalização de procedimentos formais, na maioria das vezes. Eu tive lá minha grata satisfação de atuar no primeiro escalão do Governo Municipal. Se um de nós, executores de comando, deixássemos de colocar um carimbo num lugar certo, ou uma assinatura no lugar errado, era uma tragédia. O que acontece e está acontecendo nos dias atuais? Há intensa presença dos setores de fiscalização na quantidade de recursos. E com que parâmetros esses recursos foram e estão sendo apresentados? Nós aqui temos o nosso Presidente da Associação de Fiscais de Tributos Federais – eu também fui fiscal –; a Silvia Grewe, a nossa colega Auditora Fiscal de Tributos Estaduais; está conosco aqui também o Auditor Fiscal de Tributos Municipais. Está conosco também o Edson, dos velhos e bons tempos dos bancos escolares. Então, para concluir, temos a presença, a participação, a ação e a atuação dessas pessoas. O Observatório é um exemplo da sociedade civil no acompanhamento de perto das questões dos gastos públicos, expressando uma necessidade do cidadão e da cidadã brasileira, essencialmente em um momento em que nós perpassamos com a velha questão dessa corrupção generalizada deste País.

Eu concorro em todas as eleições, sempre me elejo a Vereador; a Deputado Federal sempre perco. Sabem por quê? Porque as grandes empreiteiras deste País, as maiores empresas deste País, muitas multinacionais, na verdade, são essas 12 ou 15 megaempresas que elegem os nossos representantes lá em Brasília. Portanto, é indispensável a nossa presença, enquanto participação, na fiscalização das ações públicas. Eu quero trazer aqui o meu abraço, cumprimentar todos vocês pela presença, por esse momento e pela atuação no nosso Observatório Social. Um abraço a todos, parabéns e obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Convido o Sr. Paulo Kruse, Presidente do Sindilojas e Vice-Presidente de gestão, a compor a Mesa.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Procurarei ser breve porque o tempo é curto. Nós estamos vivendo, nesta tarde, felizes paradoxos. O mais saliente é que os senhores estão todos aqui sentados, muito bem recebidos, altamente elogiados por suas ações de voluntariado em uma Casa em que ninguém senta nessas cadeiras, se não tiver um partido político. Então, nós que somos vedados de participar do Observatório temos prazer em recebê-los. Eu acho que, nesse exército que, em primeira mão, a gente não podia admitir que pudesse ocorrer, representa um quadro dessa Nação nos dias presentes: a falência dos atuais partidos políticos. Eu sei que todos os que estão – até porque conheço o Gabril de longa data, e conheço o meu Presidente – aqui são pessoas altamente democratas, que não admitem o totalitarismo. E o único lugar onde os partidos políticos foram dispensados não é o lugar que vocês elegeriam adequado para viver e colocar em prática suas ideias. Ninguém de vocês, acredito, gostaria de entrar na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ou na nossa ilha da fantasia, a ilha de Cuba. A Nação brasileira se encontra vivendo tamanhos paradoxos, e esse é mais um deles. Eu louvo vocês por defenderem posições que, de certa maneira, venho defendido ao longo dos meus 75 anos de idade, desde o tempo em que eu era estudante. Certamente, eu era excomungado porque tinha uma posição divergente daquela que era sempre vitoriosa nas eleições acadêmicas, e já teimavam por ter posições que se identificavam com o dito de esquerda. E, desde aquela ocasião, eu fui rotulado como posição de direita, o que eu assumo com toda a tranquilidade nos dias presentes, porque sou o único liberal assumido desta Casa. Para mim, ter bandeira política, ter lado político é algo absolutamente imprescindível, é ter posição! E acho que a posição de vocês – dos amigos e das amigas –, de buscarem pelo voluntariado para obter alguns resultados práticos que a Nação brasileira não tem vivido nos últimos dias, justifica até aquilo que pode parecer um grande paradoxo, que é esse desgosto, esse desapreço com a atuação dos partidos políticos. Acho que o que vocês estão desaprovando são os partidos políticos que hoje existem, não a vida de pessoas que têm posição, que têm ideias e que delas justificam plenamente toda a sua integridade. Por isso eu quero dizer da minha alegria em vê-los, especialmente os mais jovens – e o Chamun não é porque tem pouco cabelo que eu não possa chamá-lo de jovem, porque nós, de poucos cabelos, somos eternos jovens –, a empunhar essas bandeiras, que são as minhas bandeiras, que são as bandeiras que eu tenho defendido como liberal, como homem de posição, como homem que nunca deixou de se firmar na defesa daquilo em que acredito. E eu acredito naquilo que vocês estão fazendo! Pode ser que essa momentânea impossibilidade de eu participar junto com vocês – porque sou um homem partidário – me criasse alguma dificuldade. Mesmo impedido de participar diretamente, eu fico do lado de fora torcendo por vocês, para que consigam os objetivos, porque esses são os bons objetivos, são os necessários objetivos, são os objetivos que eu acredito e que são indiscutivelmente aquilo que o Brasil está precisando nessa hora. Sejam sempre bem-vindos nesta Casa, onde homens e mulheres que aqui...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Boa tarde a todos e a todas; Ver. Mauro Pinheiro, Presidente, cumprimentando o Presidente do Observatório Social, Diogo, e a Vice, Marice, cumprimento toda a Mesa já citada, dizendo que podemos perceber de plano a qualidade acumulada nessa Mesa, qualidade, experiência, representatividade social; bem por isso, nos sentimos honrados de poder fazer esse diálogo.

Eu, no início, achei que era o ObservaPoa, não entendi direito, tem a ver como ObservaPoa ou é totalmente desligado dos dados. O ObservaPoa, talvez seja uma ferramenta com a qual vocês também trabalhem, alimentem, não sei – gostaria de ouvir se há interlocução.

Eu queria parabenizar pela forma de atuar, que é preventiva, que antecipa, que alerta, que me parece bastante necessária. E, nesse sentido, fazer referência ao esforço que o Tribunal de Contas fez com as obras da Copa. Nós tentamos algumas vezes, por que tinha, por exemplo, a polêmica com a obra da Av. Tronco. Entendíamos que não era possível colocar em curso a obra de uma via que mexeria com 1.600 famílias. Primeiro se faz a licitação da via e depois... até hoje, não temos nenhuma casa construída, é incrível, sabendo que tínhamos de deslocar muitas famílias.

Uma das polêmicas que nós entediamos e que o Movimento Social levantou é essa falta de planejamento e, principalmente, essa falta de cuidado com a vida, da preservação da vida, da população, de atenção a isso. Mas, em função desse tema, o tema da Av. Edvaldo, acho que vocês também acompanharam a polêmica que foi a derrubada das árvores, e a polêmica da sociedade com o Governo sobre a necessidade desse alargamento, dessas várias vias; a impossibilidade do rebaixamento da Av. Edvaldo colocada pelo Município. Nós discutimos muito, entendíamos que o projeto Cais do Porto era um projeto que tinha vendido a ideia do rebaixamento na parte da Av. João Goulart, portanto, não entendíamos a não articulação, a não visão sistêmica e colaborativa que construísse uma cidade melhor, que encaminhasse obras a partir da escuta, da fala, da atenção aos moradores.

Dei dois exemplos, mas eu poderia dar exemplos da classe média alta. Agora, eu estava falando da classe média, ou da população mais pobre, da Vila Cruzeiro, mas nós tivemos esse conflito na Rua Anita Garibaldi, com a classe média alta, que queria ser ouvida. Eu trago esta dimensão para o projeto: qual projeto, a necessidade dele ou não. Foi um conflito muito agudo, que atrasou a obra por um ano; depois, a obra atrasou por outros motivos que não sabemos quais, e acho que está parada até hoje.

O próprio Tribunal de Contas – e era disso que eu falava – se antecipou, criou uma comissão e começou a olhar os projetos e acompanhar as obras antes do final delas. Aí nós pudemos perceber – sempre tem, na imprensa, controvérsias, várias visões – que, na verdade, o processo de antecipação bloqueou várias delas. Quanto ao BRT, houve uma polêmica, porque o Tribunal de Contas apontou que havia itens com sobrepreço; as empresas sustentavam aquele preço e aquele item, e o Governo ficava “no mandrake” porque não poderia nem desobedecer ao Tribunal de Contas nem fazer a empresa funcionar. E, assim, tivemos itens em relação à Edvaldo e várias outras obras.

Então, o esforço de antecipar, ele é muito importante, mas, de fato, nós resolvemos os problemas com algo anterior, que é construir melhor com a Cidade, não adianta atropelar. Na época, se dizia que tinha que estar pronta para a Copa. Na verdade, não precisou estar pronta para a Copa. Nós tivemos muitos conflitos: conflito de ordem da cidadania, de ordem legal; tivemos suspeita de sobrepreço em várias obras e obras paradas até agora. Então, me parece que não só o esforço de vocês...

 

(Som cortado automaticamente, por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: ...Eu quero sugerir que a origem das obras possa ser olhada um pouco melhor. A elaboração do projeto, porque foram projetos doados, e aí a Caixa não aprovava, porque não tinha os projetos completos, não concordava com os projetos, não concordava com os preços. Foi algo muito dramático e está sendo ainda para a Cidade.

Encerro, sugerindo – só vou sugerir tarefas, porque nós temos muitas aqui semelhantes às de vocês, de fiscalização, de acompanhamento, e como é difícil! Temos tratado muito aqui do tema da terceirização dos serviços – não da obra –, e o que nos parece é que a Prefeitura acaba gastando muito mais o recurso público, o interesse público é lesado, e, ao mesmo tempo, no processo, os trabalhadores são lesados. Há uma fragmentação da ação na Cidade: as calçadas estão piores, as ruas estão piores. Esse olhar mais geral de como se instalam as obras, de como se dialoga com essas obras, de como se articula melhor o trabalho e se garante a qualidade da terceirização, isso nos ajudaria bastante, já que é feito por um grupo tão qualificado. Tenho certeza de que não só pegando um evento pontual, desculpem se já fazem... mas teriam a oportunidade de nos contar e nos dar sugestões para a questão mais global. Muito obrigada e parabéns pelo trabalho!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em meu nome e no da Ver.ª Fernanda Melchionna, Bancada do PSOL, gostaria de fazer uma saudação especial a vocês. Toda atividade fiscalizadora e controladora com relação aos gastos públicos e à coisa pública deve ser louvada. Mas, infelizmente, me deixa bastante triste essa necessidade. Há necessidade, é importante, o trabalho é fundamental porque os bens públicos e o erário não são cuidados com a responsabilidade que é incumbida aos nossos governantes. Esta é a triste realidade do Brasil. Portanto, uma entidade como a de vocês é fundamental para o bom cuidado e bom zelo do patrimônio de todos nós. Percebi na apresentação, e isso também me agrada, que a atividade controladora e fiscalizadora de vocês passa, de certa forma, pela Câmara, porque nós temos, como obrigação – como foi bem destacado por outros Vereadores –, fazer esse controle, fazer essa análise das contas. E essa atividade fiscalizadora, muitas vezes, pode não se dar da melhor forma possível. Então, saúdo também essa análise controladora, inclusive das licitações, que, em muitos casos, podem apresentar irregularidades. Todos nós sabemos disso, ninguém aqui é criança e ingênuo o suficiente de pensar que isso não acontece, é uma triste realidade do Brasil. Os noticiários, todos os dias, bombardeiam os nossos ouvidos e olhos com denúncias.

Eu só gostaria de fazer esse registro, essa saudação em especial e, no que pudermos fazer para colaborar com a atividade de vocês, estamos à disposição. Uma boa tarde a todos, muito obrigado pelo trabalho e pelo zelo com o que vocês fazem. Boa tarde.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DR. THIAGO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Apesar de já ter sido representado aqui, Ver. Mauro Pinheiro, pelo meu grande colega Ver. Bernardino Vendruscolo, fui incitado a me pronunciar rapidamente. Eu fui incitado a subir aqui porque me cativa muito, e eu acho que é muito oportuno o trabalho com indicadores. Se a cada momento nós pudermos avançar nos temas da Cidade, nas necessidades da Cidade, Ver.ª Sofia, a partir de indicadores, sejam eles de saúde, sociais, isso vai ser muito importante. Se dermos uma rápida procurada em alguns indicadores, pelo menos na área em que eu atuo com mais insistência, Prof. Alex, e falo principalmente da gravidez indesejada na adolescência, nós vamos poder observar que, em determinados momentos, Porto Alegre teve uma redução muito grande desse processo. O que tem que ser feito? Tem que se estudar o porquê dessas questões para nós podermos repetir os efeitos positivos. Se, porventura, tivermos crescimento de gravidez indesejada, principalmente entre as adolescentes, nós devemos observar o que tem de errado na nossa assistência à saúde e corrigir. Então, me cativa e me entusiasma muito o trabalho científico com indicadores, isso agregado à vivência social, à vivência comunitária, ao trabalho comunitário. Quando a gente observa a gravidez na adolescência, principalmente a gravidez indesejada, ela acaba, em Porto Alegre, fazendo com que haja um ciclo de pobreza: a mulher grávida jovem, uma gravidez indesejada, acaba tendo um filho que acaba engravidando precocemente de forma indesejada, e esse ciclo acaba se perpetuando por dificuldade de acesso aos métodos contraceptivos. Eu acho que é um grande momento em que a gente pode ajudar essas comunidades. Isso foi feito em Porto Alegre em 2006, quando era Secretário o Dr. Pedro Gus. Ele implementou um projeto que, num primeiro momento, foi muito discutido; depois, foi consensuado com toda a sociedade civil organizada, um projeto de dar acesso ao planejamento familiar.

Também na área da saúde, caro Diogo, o que me deixa muito contente é que um dos colaboradores, um dos participantes do Observatório é um conselheiro, um Cidadão Honorário de Porto Alegre. É, inclusive, o nosso presidente do Conselho dos Cidadãos Honorários de Porto Alegre, que é o Dr. Alberto. O Dr. Alberto, para quem não lembra – e a TVCÂMARA passa nossas imagens para mais de 60 Municípios da Região Metropolitana–, foi quem, há três ou quatro semanas, denunciou a questão das órteses e das próteses. O Dr. Alberto é um visionário e um inovador na questão da medicina. Então, foi um médico, e é importante que se sublinhe isso, foi um médico quem denunciou a questão das órteses e das próteses, realmente mostrando que aquelas pessoas que não andam corretamente, aquelas pessoas que, criminosamente, usam e abusam da confiança da relação médico/paciente, essas pessoas, Ver.ª Sofia, essas não são médicas, têm que ser cassadas. Tem que cassar exemplarmente essas pessoas que fizeram o curso de Medicina, mas que não são médicos, porque usam da relação médico-paciente, daquilo que é mais sagrado para nós que trabalhamos na Medicina, para usufruir benefícios pecuniários.

Quero, através da presença de vocês aqui, saudar, mais vez, o Dr. Alberto; saudar o trabalho de todos vocês e dizer que realmente isso é o futuro, o trabalho com os indicadores, a participação da sociedade civil organizada junto ao Parlamento pode fazer com que realmente esta Cidade cresça cada vez mais, com políticas de Estado, que certamente são muito mais concretas do que efetivamente políticas isoladas ou de um só governo. Aqui podemos construir políticas de Estado, que vão permanecer com a Cidade. Parabéns pelo trabalho de vocês. Certamente a Câmara está aberta e disposta a receber a contribuição de cada um dos senhores e das senhoras. Muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Sr. Diogo Chamun está com a palavra para as suas considerações finais.

 

O SR. DIOGO CHAMUN: Como referi na apresentação, nós montamos uma apresentação da nossa entidade de uma maneira muito dinâmica, justamente para não cansar, mas nem tudo foi escrito ali, nem tudo foi dito. Peguei algumas colocações de alguns Vereadores para poder avançar nos esclarecimentos. O Ver. Maroni coloca que são 2 mil voluntários. Sim, são 2 mil voluntários nos Observatórios de todo o Brasil, é um somatório, aqui em Porto Alegre estamos com 40 voluntários capacitados, e captando mais.

Quero fazer uma referência ao que falou a Ver.ª Sofia na questão dos terceiros. Nosso trabalho avança ao acompanhamento de processo licitatório, nós também temos nosso escopo de fazer acompanhamento de cargos e salários, nós, com certeza, temos condição e faremos a questão da contratação de terceiros. Isso tudo fica sob o olhar do Observatório. Qualquer contratação da Prefeitura, do Poder Público de Porto Alegre será acompanhada pela nossa entidade.

O Ver. Thiago falou em indicadores. Sim, Vereadores, nós temos um banco de dados, de informações de todo o Brasil, com preços, com variações, dados comparativos. Temos um sistema que é alimentado em todo o Brasil. Então, sim, nós temos dados. Mesmo antes da constituição do nosso Observatório, que foi no dia 16 de dezembro, nós já tínhamos esse histórico de dados em plenas condições de fazer curvas comparativas e análises suficientes para nos dar condição inclusive de validar se preços estão dentro da normalidade.

Para finalizar, eu gostaria de fazer uma referência ao Presidente, Ver. Mauro Pinheiro, que quando nos recebeu em seu gabinete se entusiasmou tanto com o projeto que queria firmar um convênio conosco. Mas não existe convênio. O Observatório Social de Porto Alegre trabalha com os dados disponíveis, ele não depende de fornecimento de informações. A nossa vinda aqui é justamente para divulgar o trabalho, para os senhores terem conhecimento do que está e o que será feito. Então não existe convênio. O fato de termos o apoio dos senhores, mesmo que não na execução, para nós já é bem suficiente.

Aproveitando o tempo, eu não sei se o Pedro, Presidente do nosso Conselho Consultivo, quer complementar, porque ele foi o idealizador e ele tem muito conteúdo.

Muito obrigado, Presidente, por este espaço, por este ambiente tão seleto, onde pudemos trazer um pouquinho do nosso trabalho.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO GABRIL: Agradecendo a oportunidade, eu quero esclarecer sobre indicadores. Nós temos indicadores externos também que falam sobre a efetividade das políticas públicas. Acho que era a isso que o Vereador estava se referindo. O banco de dados é montado com dados de todos os Observatórios do Brasil. Então nós temos condições de acompanhar cidades de tamanhos diferentes, onde se possam fazer comparações, tanto de dados externos, de eficácia, de eficiência da gestão, mas também de efetividade das políticas públicas externamente. Acho que era esse o mote que o Vereador trouxe aqui.

Não posso deixar de falar também sobre a rede de observatórios sociais. Nós temos, anualmente, um encontro nacional, e nós vamos ter, na semana que vem, de quinta a sábado, o 6º Encontro Nacional de todos os observatórios sociais do Brasil. O Observatório Social de Porto Alegre estará presente em Brasília, para trocarmos experiências, então, a rede de observatórios é muito forte.

Quero deixar aqui também expressa a nossa informação de que o Observatório Social de Porto Alegre, como todos os demais observatórios, não atua somente em licitações. E para reforçar a resposta à Ver.ª Sofia, nós temos quatro áreas prioritárias de atuação, entre outras, em que os voluntários já estão mais ou menos divididos: a área da Educação, aquisições, contratações da Prefeitura na área da educação, alimentação escolar, transporte, uniformes e material escolar; nós temos na área da Saúde, especialmente, medicamentos e equipamentos. Então: educação, saúde, obras e terceirizações. As terceirizações estão num desses quatro eixos, escopo principal do Observatório, no programa que trata da qualidade da gestão pública. O Observatório tem na verdade cinco programas. Um deles, o Presidente falou, diz respeito à informação, à importância social do tributo, quer dizer, a educação para a cidadania fiscal; a potencialização dos conselhos de políticas públicas, que o Observatório vai dar apoio aos conselhos de políticas públicas é um outro programa; a Semana de Prestações de Contas, isso é importante. O Observatório Social de Porto Alegre, como o Presidente falou, não divulga para a imprensa os trabalhos que estão sendo realizados, porque a ideia é se fazer a correção e oportunizar à Administração Municipal corrigir, mas, quadrimestralmente, faz a sua prestação de contas e, preferencialmente, na mesma semana em que a Comissão de Finanças da Câmara fará a prestações de contas do Executivo Municipal; e um quinto programa é justamente o dos indicadores de gestão. Nós buscamos todos os indicadores internos e os indicadores externos para fazer a comparação e saber se Porto Alegre está atuando de forma adequada ou não, e buscar a correção. Quero agradecer a gentileza do Presidente da Câmara e do Presidente do nosso Observatório em me oferecer esta oportunidade. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em nome da Câmara Municipal de Porto Alegre – como aqui os Vereadores representam a totalidade, Ver. Dr. Thiago, da Cidade –, nós só temos a agradecer, como o Ver. Bernardino Vendruscolo disse, por pessoas de bem, homens e mulheres de bem que estão dedicando seu tempo de lazer, que além do seu trabalho vão se dedicar para ajudar a cuidar dos recursos. Recursos financeiros que muitas vezes são escassos e acabam faltando, como vimos no vídeo, crianças pedindo esmolas, pessoas necessitando tanto de recursos que, muitas vezes, acabam sendo mal utilizados, até por questões técnicas. E essas pessoas de bem, como disse o Ver. Bernardino, se propõem a ajudar de forma preventiva para que esses recursos sejam bem utilizados e, cada vez mais, a gente possa ter uma Cidade melhor.

Vocês todos estão de parabéns e merecem os nossos cumprimentos. Aqui falo em nome dos Vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, tenho certeza, em nome da cidade de Porto Alegre, só temos a agradecer pelo trabalho de vocês. Muito obrigado a todos vocês. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h20min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 16h25min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Waldir Canal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, quero apenas fazer o registro de uma informação importante, no meu entendimento, e que eu gostaria de comentar também, que é a respeito de uma pesquisa realizada pela Folha de São Paulo sobre algumas instituições no nosso País. Num rol de dez instituições colocadas à disposição dessa pesquisa realizada nesta semana, apareceram ali várias instituições que foram citadas e que tiveram uma avaliação importante das pessoas da nossa sociedade: as redes sociais, a imprensa... E, dentre as cinco entidades mais prestigiadas, se encontra a Igreja Universal do Reino de Deus – dentre as cinco instituições mais prestigiadas no Brasil.

Quero parabenizar o trabalho da Igreja Universal, por ser reconhecida pela sociedade como uma instituição séria, respeitada e prestigiada no nosso País, inclusive ficando à frente do Judiciário, do Congresso Nacional e de entidades importantes.

Então, isso nos mostra o pensamento e a observação da sociedade quanto às instituições no nosso País. É um fato importante essa pesquisa, orientadora da vontade popular e da avaliação do povo no sentido geral. Então, eu quero aqui destacar essa pesquisa em que a sociedade, a imprensa e principalmente as redes sociais reconhecem essas instituições. Dentre as cinco instituições mais prestigiadas nessa pesquisa está a Igreja Universal, e eu tenho o maior prazer de destacar isso, porque eu sei da seriedade do trabalho que é feito, que é realizado em prol da sociedade, em prol do povo brasileiro, e com certeza isso é um reconhecimento, e eu quero trazer aqui à baila esse assunto e registrar, neste pronunciamento, essa importante avaliação dessa pesquisa, repito, colocando a Igreja Universal entre as cinco instituições mais prestigiadas do nosso País. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CASSIO TROGILDO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos acompanha pela TV Câmara e também aqui nas galerias, uso o tempo de Liderança do Partido Trabalhista Brasileiro para fazer referência a uma notícia vinculada num jornal aqui da Capital na data de hoje, que eu tenho a convicção de que não condiz, Ver. Kevin, com o que aconteceu na tarde de ontem aqui no plenário desta Câmara Municipal.

Ontem, nós tivemos, Ver. Thiago, muito bem reconhecido por V. Exa. aqui na tribuna, uma construção sobre um projeto meritório de autoria do Ver. Thiago, que tratava, Ver. Alex, da questão dos celíacos, uma questão de saúde, e que tinha uma inconsistência, por isso havia sido vetado pelo Executivo e se fez aqui uma grande construção, inclusive com anuência do Executivo, de correção da parte que tinha o vício de origem, para que o mérito não se perdesse, Vereador Bernardino. E eu tenho a impressão que o jornalista que escreveu essa matéria nesse jornal, que é uma pessoa que nos acompanha aqui, que ele saiu antes do final. Agora, eu estava fazendo uma avaliação, Ver. Nedel, pela notícia. Olha como está a manchete (Lê.): “Base aliada volta a se rebelar e derruba mais um veto do Executivo”. Não foi o que aconteceu ontem! Ontem, aqui, fizemos uma grande construção em cima de um projeto, Ver. Maroni. Eu tenho impressão que esse jornalista, que tem todo o nosso respeito... Não é nenhum cerceamento da questão da atividade do jornalista, muito pelo contrário. Hoje, ele não está aqui; talvez, na segunda-feira, eu volte com esse assunto, para que ele possa reparar, talvez. Eu não estou fazendo pedido de reparação ou pedido de resposta, mas uma análise, porque acredito que ele saiu antes do final da sessão – só pode, Ver. Dr. Thiago – , porque, se ele tivesse ouvido a manifestação da Ver.ª Sofia, que reconheceu a grande construção, se ele tivesse escutado a manifestação deste Vereador, que veio aqui apelar para a base, para toda a construção que havia sido feita, e, depois, a manifestação do Ver. Dr. Thiago, o proponente, acho que a matéria não teria saído assim. Não é nenhum pedido de direito de resposta, é só uma correção que talvez nós precisemos fazer com esse jornalista, que nos acompanha aqui cotidianamente e, volto a repetir, que tem todo o nosso respeito.

Infelizmente, no cenário municipal em que estamos vivendo, de bastante turbulência, esse tipo de manchete, que não condiz com o que aconteceu, não ajuda em nada. Eu, que, como Vereador da base, ajudei a construir, ontem, juntamente com diversos outros Vereadores – como o Ver. Kevin e o Ver. Casartelli, que veio da área da Saúde e ajudou na construção – e com o nosso Diretor Legislativo, que achou, regimentalmente, a forma para que nós pudéssemos encaminhar e fazer a avaliação do veto de forma parcial para corrigir, então, as questões que necessitavam ser corrigidas, para que se aproveitasse o mérito do projeto. E, hoje, temos uma manchete nesse sentido. Eu tenho a convicção de que se trata de um erro, talvez, Ver. Alex, devido à ausência do jornalista até o final da Sessão. Talvez possamos, conversando com o jornalista que hoje não se encontra, ter a correção desse equívoco, porque eu acredito na liberdade de imprensa, acredito nos órgãos de comunicação e acredito que eles estão a serviço da sociedade para transmitir aquilo que, efetivamente, acontece, e não é o que está retratado aqui nesse veículo no dia de hoje.

Então queria, mais uma vez, parabenizar esta Casa pelo excelente trabalho que fez ontem, mais uma vez, dando demonstração de que, independentemente do autor do projeto, não tem perseguição, muito antes pelo contrário, todos os projetos podem ser meritórios, e aqueles que têm mérito, como era o caso do projeto de ontem, se têm condições de serem corrigidos, devem ser corrigidos, para que virem leis e ajudem, como é o caso desse projeto que trata da questão da saúde dos celíacos, a que as pessoas possam ter mais saúde, que é o que interessa na vida das pessoas. Ver. João Bosco Vaz, o meu muito obrigado, e que a gente possa fazer essa correção no devido tempo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a transferência do período de Grande Expediente de hoje para a próxima Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; o Ver. Cassio falou da Sessão de ontem, e eu também quero. Na minha modesta opinião, eu acho que o Plenário, ontem, se mostrou independente, maduro. As discussões tiveram resultados altamente positivos, nós não podemos negar. Também tenho um sentimento de que parece que só aquelas coisas, quando negativas, é que dão notícia. Não quero acreditar que é uma pré-disposição de dar notícia ruim, negativa. Não quero acreditar nisso. Parece que está faltando uma discussão maior dos veículos de comunicações para mediarem, eu acho que tem que noticiar, mas, de vez em quando, colocar alguma coisa positiva, porque eu acho que dá um ânimo no próprio leitor.

Eu quero trazer um fato aqui, durante o período da campanha eu tive um projeto aprovado, vetado, e lamentei. Eu entendo, sou, como os demais colegas, apaixonado pelos projetos, pelas bandeiras que defendemos aqui. Em razão do fato em si, eu vou falar especificamente daquele projeto da inclusão de um advogado nas JARIs. Foi uma demanda que recebi do representante da OAB, esta Casa aprovou, o Executivo vetou e, antes que nós apreciássemos o veto, mandou um decreto contemplando, com a tese de que não era competência do Legislativo – que eu discuto veementemente a questão da capacidade nesse aspecto –, não era matéria, segundo os motivos do veto, que deveria partir do Legislativo e, sim, do Executivo. Eu comentei com um jornalista: “Pô, não noticiaram nada?” Ver. João Bosco, V. Exa. que presta atenção na minha fala e está fazendo por ser jornalista, sem desmerecer os demais colegas. Mas me disse, na oportunidade, esse comunicador: “Vereador, nós estamos no momento de campanha eleitoral e eu não posso fazer nenhum comentário, sob pena de ser acusado de que poderia estar favorecendo-o”. Aí eu perguntei a ele: “Se eu tivesse feito um fiasco aqui?” – “Ah bom, aí era notícia”. É engraçado, mas é a realidade, ele foi espontâneo, foi verdadeiro. Bom, aí seria notícia!

 

(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: O que o Ver. João Bosco está me dizendo agora que, quando um cachorro morde o dono, não é notícia, mas, se o dono morder o cachorro, é notícia. É por aí.

Então, vale o registro e é uma oportunidade para uma reflexão, porque nós, que estamos exercemos o mandato político num momento muito difícil, ficamos chateados e, muitas vezes, desanimados, porque, às vezes, fazemos alguma coisa e não conseguimos alcançar o objetivo, mas, quando conseguimos, não se vê notícia, isso é extremamente desanimador, Prof. Alex. Mas a vida é assim, e nós não podemos desanimar. Chega um determinado momento em que propomos e fazemos uma ação e não imaginamos se vai ter um retorno. Isso parece igual a um músico que, quando escreve uma música, produz um CD, DVD, nem ele sabe qual música fará sucesso.

Mas fica aqui o registro da Sessão de ontem. Para mim, foi altamente positiva. Aqui, ontem, nós vimos a costura de opiniões, Vereadores que se dizem da situação, outros da oposição, outros nem tanto, nem daqui e nem lá, mas ontem nós construímos. Ver. Dr. Thiago, no seu projeto, ontem, de uma forma ou outra, foi feito um aprimoramento, ou uma adequação, a várias mãos. Eu quero cumprimentá-lo, porque V. Exa. foi sensível. Eu acho que isso nós precisamos registrar. E quero dizer, Ver. Kevin, que nós estamos amadurecendo, esse é...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde, quero cumprimentar o Presidente da Casa, Ver. Mauro Pinheiro; os Vereadores, Vereadoras, público presente e o que nos assiste em Casa; da mesma forma que o Ver. Bernardino, que me antecedeu, e o Ver. Cassio colocaram, eu também, hoje, quando li o jornal, Ver. Bosco, e vi a manchete: “Base aliada volta a se rebelar e derruba mais um veto do Executivo”.

Infelizmente, essa manchete não condiz com o que aconteceu na tarde ontem, Ver. Dr. Thiago. Acho que, na tarde de ontem, a Câmara Municipal deu uma demonstração de maturidade, Ver. Bosco – tu, que infelizmente não estiveste conosco ontem à tarde, porque estava em representação externa, sendo homenageado pelo teu excelente trabalho à frente da SECOPA, reconhecido dentro do Governo, pela nossa Cidade e reconhecido internacionalmente; e, ontem, recebeste uma homenagem e uma premiação da Prefeitura de Porto Alegre por isso. Ontem, eu não tenho dúvida de que, se tu estivesses aqui – Vereador já de alguns mandatos – ficaria orgulhoso da Casa, principalmente do teu amigo e parceiro, o Prefeito José Fortunati. Ele recebeu uma ligação do Dr. Casartelli, nosso Vereador, que veio aqui defender, Dr. Thiago, o mérito do seu projeto, articulado com a base do Governo, mas que tínhamos algumas questões que precisaríamos resolver em alguns artigos que o Executivo entendia que não poderiam compor o projeto. E o nosso Diretor Legislativo, com toda a sua competência, chamou, através do nosso Presidente Mauro Pinheiro, os Vereadores e construiu uma solução para que nós pudéssemos tornar aquele projeto um projeto que todos nós entendíamos como meritório. E nós conseguimos construir, Bosco, um consenso em cima disso. Não é o Vereador A, B, a situação ou a oposição que ganhou com isso, quem ganha com isso são as pessoas às quais nós temos que representar. E o Prefeito Fortunati e o Vice-Prefeito Melo foram sensíveis quando escutaram o Ver. Casartelli – que é da base –, que ligou e fez toda a defesa e a explicação do mérito do projeto, que não teria problema nenhum se nós conseguíssemos retirar do projeto os arts. 3º, 4º e 7º. E, com toda a sensibilidade também do Ver. Dr. Thiago – que eu faço questão de te elogiar, Thiago –, que veio aqui na tribuna reconhecer ao Prefeito, ao Vice-Prefeito, e a base governista que foi parceira na construção da solução coletiva. E quem saiu daqui ganhando foi a população de Porto Alegre e as pessoas que, de alguma forma, sofrem com a questão de saúde que tu apresentaste no projeto dos celíacos. Então nós todos saímos satisfeitos com a nossa tarde de trabalho. Mas saímos insatisfeitos, Ver. Bosco, com essa manchete. E não por uma questão da própria manchete, mas é que não diz a verdade e a realidade, Ver Mauro, tu que conduziste tão bem a Sessão de ontem e tantas outras que vem conduzindo com toda a magistratura que um presidente precisa conduzir, tentando buscar as soluções cabíveis nos momentos certos. E eu quero parabenizá-lo por isso também. Parabenizo, também, todos os Vereadores, mas principalmente o Prefeito Fortunati, que sempre deu a liberdade para nós trabalharmos nesta Casa. Alguns dizem que não, mas nós temos, sim, a liberdade. Defendemos o Governo, defendemos os vetos e todos os motivos pelos quais os projetos são vetados. Mas, sem dúvida nenhuma, Maroni, ontem, o Prefeito deu a demonstração de que é sensível à base aliada. Até ontem nós brincamos um pouco, Dr. Thiago, que nós conseguimos dividir o voto da oposição em certas horas em que houve votação no plenário. São poucas as vezes que isso acontece neste plenário, mas, no mérito e no final do projeto todos nós votamos firmes e fortes no projeto. Então, parabéns a ti, parabéns ao Prefeito e, principalmente, a todos nossos Vereadores, que conduziram - ao nosso Líder Airto Ferronato -, que conduziu tão bem esse processo, que foi importante, do entendimento. E mais uma vez eu repito: quem saiu ganhando foi a nossa população.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. RODRIGO MARONI: Faço uma saudação ao Presidente, aos colegas que estão aqui presentes ainda nesse horário, Ver. Idenir Cecchim, Ver. Kevin Krieger, Ver. Bosco, Ver.ª Fernanda, que estava aqui até pouco tempo atrás. Digo, Kevin, que eu concordo bastante com a tua avaliação, quanto tu dizes da importância de a política não ser algo revanchista, dicotômica, onde se colocam os bons e os maus. Acho que a Cidade sempre vai ganhar, quanto mais se diluir a questão da oposição e situação e se trabalhar para a Cidade. Acho que são legítimas as opiniões. Em nenhuma família, na qual se tem quatro cinco indivíduos; nós não somos iguais, é natural que se tenha diferença. Ela é natural na oposição e na situação, mas se trabalhar para a Cidade é fundamental. O Prefeito Fortunati - aqui quero dar um depoimento – tem sido uma pessoa bastante disponível a escutar. Eu, particularmente, estive algumas vezes conversando com o Fortunati e, em nenhuma das vezes ele se recusou a receber a demanda. A gente, inclusive, tem apresentado muitos projetos de indicativos e projetos para que o Executivo os incorpore, e ele tem recebido as demandas com muito respeito e muita dignidade.

Hoje, inclusive, estive com ele, falando sobre alguns aspectos que entendíamos importantes para a Cidade, e ele foi muito receptivo.

Também queria falar, Kevin, sobre o papel que tenho visto tu cumprires aqui, dialogando e tentando, cada dia mais, fazer com que os projetos andem e que não fiquem barrados, para que a Cidade não pare, porque não adianta nada projeto em cima de projeto e veto em cima de veto, contrariedades o tempo inteiro, sem que consigamos construir consenso. É muito importante saudar a tua habilidade neste momento.

Eu queria comentar alguns aspectos do que aconteceu no dia de hoje. Eu tive uma conversa muito importante com uma servidora da Casa, que é a Liene, uma pessoa que tem um trabalho profissional aqui e uma sensibilidade acima da média, uma pessoa que ama os animais. Ela veio trazer um conjunto de demandas, que vamos tentar apresentar ao Executivo para que incorpore isso, não só na Câmara de Vereadores, mas na Cidade, inclusive, tratando com respeito, Dr. Thiago, os animais da Câmara, porque, muitas vezes, surgem aqui gatos, cachorros, e a Câmara Municipal tem que estar preparada para não ser um “espanta animal”, entender que isso é parte, também, do trabalho público, tentar dar uma solução para esses animais que estão aqui.

Ela trouxe a castração compulsória, diversas leis de parques públicos, coisas que vamos estar estudando e conversando para encaminhar da melhor maneira.

E eu quero te dizer, Liene, que a demanda que tu trouxeste eu vou incorporar, vamos conversar e vamos elaborar para dar o melhor encaminhamento. E eu quero te parabenizar em público pela tua postura, enquanto servidora, de me procurar. Eu quero que outros Vereadores se incorporem a esta nossa luta, porque não é uma demanda do Maroni. Eu não enxergo que tenha que ser de um Vereador ou de outro, mas quem ganha é a Cidade. Todos os Vereadores podem incorporar a causa animal.

Hoje de manhã, eu estive na casa do Sr Ádio, que tem 82 anos. Na casa dele tinha cerca de cem cachorros. Eu, inclusive, estava com as calças, até há pouco, sujas, porque foram muitos cachorros pulando em cima, e eu não tinha o que fazer, dando carinho para um e para outro. E ele é um dos protetores que tentaremos ajudar, doando e fazendo a castração – aí entra a importância do Poder Público. Ele mora ali na Vila Cruzeiro, tem quase cem cachorros, dezenas de gatos, e vive numa situação muito precária, é um senhor muito pobre e que sustenta esses animais. Isso é de o Poder Público tentar solucionar. Comprometi-me com ele em ajudar nas doações; em ajudá-lo na castração dos animais, já que a maior parte já é vacinada; em colaborar na construção de canis, porque é tudo muito desorganizado...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. RODRIGO MARONI: ...Obrigado, Sr. Presidente. Então, este é um trabalho para o qual quero convidar todos os Vereadores a se incorporarem para que, cada vez mais, consigamos construir soluções para isso. Quero fazer uma saudação ao Major Luz que está aqui presente, ele que é da Inteligência da Brigada Militar, uma figura jovem – também os espaços públicos têm que se renovar com jovens, ainda mais em espaços de tamanha importância como é a Brigada Militar, onde são sempre fundamentais.

Quero fazer uma saudação ao Luciano, da Casa dos Artistas, convidando todos os Vereadores - Ver. Cleiton, o senhor que é sempre disponível às questões culturais, raciais -, para o Varandão Cultural, que ocorrerá no dia 28, último sábado do mês, para arrecadar recursos. Lá estão os artistas idosos e muitos não sabem que há essa casa para artistas aqui em Porto Alegre. Conseguimos fazer os convites, mas gostaria de convidar todos os Vereadores para colaborarem. Aqueles que não conhecem esse espaço, é fundamental que vão conhecer, assim como os funcionários que lá trabalham. A Casa dos Artistas sobrevive de doações de artistas, músicos, atores, cantores, bailarinos, todos os que têm essas profissões. É uma situação que está bem organizada, mas é delicada, conforme me diz o Luciano. O Luciano estará passando nos gabinetes e o pessoal que puder colaborar, o pessoal que está assistindo pela TV e quiser colaborar com a Casa dos Artistas, entre em contato com a Casa dos Artistas do Estado, através do Luciano. Fica ali no bairro Glória, Rua Anchieta, nº 280. Vai ser muito bem-vinda qualquer colaboração de qualquer pessoa pública ou do cidadão da sociedade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Dr. Thiago assume a presidência dos trabalhos)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Eu vou fazer dois pequenos comentários, Ver. Kevin Krieger, quero destacar novamente o que já destaquei ontem com relação à construção coletiva que fizemos, realmente exemplar, com a participação do Executivo, com a participação de todas as lideranças que estavam aqui - situação, oposição -, beneficiando e privilegiando a Cidade. Quero, mais uma vez, destacar que foi muito importante, foi um exemplo a ser seguido. Quero elogiar a participação do Executivo, do Prefeito, do Vice-Prefeito, o Gil – representante do Executivo -, as lideranças, V. Exa. – do PP -, o Ver. Delegado Cleiton também, lideranças de situação e de oposição. Realmente tudo isso veio em benefício da Cidade.

O segundo registro, Ver. Rodrigo Maroni, quero dizer que a questão do Sr. Ádio foi tratada numa reunião da Comissão de Saúde em 2011. Quem estava à frente da SEDA – era uma subsecretaria – era a Ver.ª Lourdes, que fez um trabalho maravilhoso naquela situação do Sr. Ádio. Sem dúvida alguma é importante o trabalho de V. Exa., mas acho importante que se recupere aquela parte para tomar ciência de todo um contexto e do contexto de saúde dele também.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0072/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 001/15, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que estabelece a velocidade máxima permitida de 50km/h (cinquenta quilômetros por hora) para veículos automotores leves e de 40km/h (quarenta quilômetros por hora) para veículos automotores pesados nas vias urbanas arteriais do Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. Nº 0073/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 002/15, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que institui o Programa de Incentivo à Qualidade de Vida e à Mobilidade Urbana.

 

PROC. Nº 0401/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 005/15, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que concede o Diploma Honra ao Mérito à entidade Pacto Pastoral de Auxílio Comunitário ao Toxicômano.

 

PROC. Nº 0467/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/15, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Claudio Roberto Pagno da Costa.

 

PROC. Nº 0346/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que inclui o evento Porto Alegre Open de Tênis no Anexo II da Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Eventos de Porto Alegre e Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no mês de novembro.

 

PROC. Nº 0367/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 038/15, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que inclui incs. X e XI no caput e parágrafo único do art. 8º da Lei nº 11.139, de 11 de outubro de 2011 – que estabelece procedimentos para o uso de piscinas ao ar livre, públicas ou privadas, destinadas a adultos ou crianças e fixadas em residências ou condomínios, no Município de Porto Alegre –, ampliando o rol de itens a serem previstos em projetos de piscinas.

 

PROC. Nº 0430/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 004/15, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que inclui art. 69-A na Lei Complementar nº 694, de 21 de maio de 2012 – que consolida a legislação sobre criação, comércio, exibição, circulação e políticas de proteção de animais no Município de Porto Alegre e revoga legislação sobre o tema –, obrigando as clínicas veterinárias, os pet shops, as agropecuárias, os canis e os gatis comerciais, as feiras de animais, os hotéis pet e os estabelecimentos similares a afixar cartaz que alerte sobre a violência contra os animais e sobre o meio de a denunciar.

 

PROC. Nº 0444/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 007/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Associação Nacional de Defesa e Informação do Consumidor – Andicom.

 

PROC. Nº 0470/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 045/15, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que inclui o evento Feira de Arte Antiga e Contemporânea do Mercado Público Central no Anexo I da Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Eventos de Porto Alegre e Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre –, e alterações posteriores, em 1 (uma) semana de cada mês, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 0649/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 004/15, que dispõe sobre a regularização de obras civis e construções do Conjunto Habitacional Heróphilo Azambuja (IPE II), localizado entre as Avenidas Protásio Alves, Bento Gonçalves e Antônio de Carvalho, objeto da matrícula original nº 62.408, de propriedade do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS), e dá outras providências.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3022/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 284/14, de autoria da Mesa Diretora e outros, que denomina Rua Carlos Medina o logradouro não cadastrado conhecido como Rua C – Sport Club Internacional –, localizado no Bairro Praia de Belas.

 

PROC. Nº 3023/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 285/14, de autoria da Mesa Diretora e outros, que denomina Rua Nestor Ludwig o logradouro não cadastrado conhecido como Rua A – Sport Club Internacional –, localizado no Bairro Praia de Belas.

 

PROC. Nº 3024/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 286/14, de autoria da Mesa Diretora e outros, que denomina Rua Fernando Lúcio da Costa o logradouro não cadastrado conhecido como Rua B – Sport Club Internacional –, localizado no Bairro Praia de Belas.

 

PROC. Nº 0053/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 001/15, que autoriza o Município de Porto Alegre a desafetar e a doar à Associação Comunitária e Cultural Quilombo do Areal áreas municipais destinadas ao reconhecimento da propriedade definitiva da área que descreve e institui Área Especial de Interesse Cultural (AEIC), nos termos do art. 92 da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 (PDDUA), e alterações posteriores, na mesma área.

 

PROC. Nº 0320/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 004/15, que desafeta parte de área destinada a parque na Vila Nova Restinga, visando regularizar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), com autorização para doação ao Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), autoriza doação ao Departamento Municipal de Habitação (Demhab), de área destinada à regularização do Loteamento Bela Vista e autoriza a desafetação de áreas públicas e comunitárias do Loteamento Vila Jardim das Orquídeas.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje no período anterior, sobre o Observatório Social, foi colocado um vídeo sobre as dificuldades que se enfrentam. Muitas vezes a gente não vê por aí - porque não presta atenção ou porque são lugares que não frequentamos - a dificuldade quando uma criança precisa de um lixão para poder se alimentar. Não vemos a necessidade de pessoas que moram na rua porque verdadeiramente não têm onde se acomodar. Dia desses recebi um e-mail dizendo que havia um menino abandonado embaixo do Viaduto Abdias Nascimento. Alguém viu aquela cena, conversou com o menino e postou no meu Facebook. Não conheci a pessoa que postou, nem era meu amigo, mas postou. De repente viu a minha situação de Vereador e resolveu postar. Eu fui ao encontro dessa criança, embaixo do viaduto. Aqui quero agradecer ao Ver. Mario Fraga que prontamente nos ligou e trouxe a informação. Procuramos o menor, inclusive. Ações como essa, senhores, às vezes dignificam o ser humano. Muitas vezes estamos vendo ações políticas no Senado, no Congresso, nas Assembleias, nas Câmaras Municipais, em que as pessoas têm o olhar para si mesmas, esquecendo por que estão neste espaço aqui, e não só neste espaço como representante político, mas neste espaço aqui na Terra, que é o espaço de ajudar, de ser feliz e fazer as pessoas felizes, de lutar por um mínimo que se possa contribuir para que as pessoas tenham dignidade e respeitabilidade. Então, muitas vezes, senhores, quando oferecemos aqui um título, as pessoas ficam pensando: “Vereador que só oferece título, Vereador que só cria nome de ruas”. Eu digo que nomear rua dá autoestima à pessoa, sim, e homenagear, de repente, quem não é visto, muitas vezes com nomes de empresários que contribuem, nada contra, até porque dão emprego, mas é importante que se homenageie o líder comunitário de uma forma ou de outra. Então aqui estou falando, senhores, de um projeto que dá o título de cidadão emérito de Porto Alegre ao Sr. Claudio Roberto Pagno da Costa. Se falarmos assim, ninguém o conhece, mas se falarmos do projeto Vó Chica, na periferia da Cidade, do trabalho que este senhor faz e das pessoas que agregam a ele... Esse é um papel cumprido, esse é o papel do verdadeiro cidadão. Às vezes fico triste quando tenho que colocar esquerda, direita, e o povo no meio. Esse nós devemos homenagear, porque esse está pensando no cidadão, no irmão, no ser humano que está à sua volta, e não está pensando só em si. Então aqui homenageio alguém que faz um trabalho social, um trabalho que ajuda pessoas realmente. E é para isso que nós viemos aqui, foi para isso que me candidatei e virei político. Essa é a minha função, e não vou deixar de jeito nenhum que mudem o meu pensar. Ninguém tira o meu sentimento do que é ser político. Se são benesses que se ganham em algumas situações, eu não quero. Eu quero ser um político digno de respeito, para que meus filhos digam amanhã: “Esse é meu pai, esse contribuiu, de uma forma ou de outra, para ajudar. Esse é meu pai, me orgulho dele; ele ajudou alguém e não precisou do retorno.” Quando eu faço aqui alguma coisa, eu não faço por votos, não precisa votar em mim. Se essa é a condição para fazer alguma coisa por alguém, não precisa votar em mim. Eu quero cumprir esses quatro anos com um trabalho bem-feito, um trabalho que honre as pessoas que fizeram fila – 7 mil pessoas fizeram fila, num domingo, pensando em mim: “Eu saí de casa para ir votar no Delegado Cleiton.” Eu quero que essas pessoas não se arrependam de terem votado em mim. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Visivelmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h06min.)

 

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